sábado, 3 de dezembro de 2011

FASES DE UM PROFESSOR. REFLEXÕES SOBRE O TEXTO DE MORAN



UNIDADE 3

A Transformação da ação do Professor de Geografia

“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”. Paulo Freire

I  -  Introdução

Começamos esta unidade com o pensamento de Paulo Freire, que retrata muito bem a angustia de muitos professores que não vêm, na maioria dos seus alunos esta indagação e nem a vontade instigadora pelo saber, pelo novo, pelas experiencias ainda não vivida.
      José Manoel Moran, um dos grandes defensores de mudança na educação é muito feliz nas suas colocações que diz que o importante, como educadores, é acreditarmos no potencial de aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do cotidiano, ao mesmo tempo em que compreendemos e aceitamos nossos limites, nosso jeito de ser, nossa história pessoal.
Ao educar, tornamos visíveis nossos valores, atitudes, idéias, emoções. O delicado equilíbrio e síntese que fazemos no dia a dia transparecem nas diversas situações pedagógicas em que nos envolvemos. Os alunos e colegas percebem como somos como reagimos diante das diferenças de opiniões, dos conflitos de valores. O que expressamos em cada momento como pessoas é tão importante quanto o conteúdo explícito das nossas aulas. A postura diante do mundo e dos outros é importante como facilitadora ou complicadora dos relacionamentos que se estabelecem com os que querem aprender conosco. Se gostamos de aprender, facilitamos o desejo de que os outros aprendam. Se mostramos uma visão confiante e equilibrada da vida, facilitamos, nos outros a forma de lidar com seus problemas, mostramos que é possível avançar no meio das dificuldades. Alguns educadores confundem visão crítica com pessimismo estrutural; eles só transmitem aos alunos visões negativistas e desanimadoras da realidade. Esse substrato pessimista interfere profundamente na visão dos alunos.
Da mesma forma, educadores com credibilidade e uma visão construtiva da vida contribuem muito para que os alunos se sintam motivados a continuar, a querer aprender, a aceitar-se melhor.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSUt9p2U6XL0Qzpc-nTsfr-gPJ5BshTbVMBlmtks8yu0W--E1KIO educador é um ser complexo e limitado, mas sua postura pode contribuir para reforçar que vale a pena aprender, que a vida tem mais aspectos positivos que negativos, que o ser humano está evoluindo, que pode realizar-se cada vez mais. Pode ser luz no meio de visões derrotistas, negativistas, muito enraizadas em sociedades dependentes como a nossa.
Vejo hoje o educador como um orientador, um sinalizador de possibilidades onde ele também está envolvido, onde ele se coloca como um dos exemplos das contradições e da capacidade de superação que todos possuem.
O educador é um testemunho vivo de que podemos evoluir sempre, ano após ano, tornando-nos mais humanos, mostrando que vale a pena viver.
Numa sociedade em mudança acelerada, além da competência intelectual, do saber específico, é importante termos muitas pessoas que nos sinalizem com formas concretas de compreensão do mundo, de aprendizagem experimentada de novos caminhos, de testemunhos vivos –embora imperfeitos - das nossas imensas possibilidades de crescimento em todos os campos.

Cada vez mais precisamos de educadores-luz, sinalizadores de caminhos, testemunhos vivos de formas concretas de realização humana, de integração progressiva, seres imperfeitos que vão evoluindo, humanizando-se, tornando-se mais simples e profundos ao mesmo tempo.

 REFLEXÃO
Você como educador tem acreditado no seu potencial de aprendizagem e na capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do cotidiano na sua vida prática?


A aprendizagem pessoal
O educador é especialista em conhecimento, em aprendizagem. Como especialista, espera-se que ao longo dos anos aprenda a ser um profissional equilibrado, experiente, evoluído; que construa sua identidade pacientemente, equilibrando o intelectual, o emocional, o ético, o pedagógico.
O educador pode ser testemunha viva da aprendizagem continuada. Testemunho impresso na sua pele e personalidade de que evolui, aprende,se humaniza, se torna uma pessoa mais aberta, acolhedora, compreensiva.
Testemunha viva, também, das dificuldades de aprender, das dificuldades em mudar, das contradições no cotidiano; de aprender a compreender-se e a compreender.
Com o passar do tempo ele vai mostrando uma trajetória coerente, de avanços, de sensatez e firmeza. Passa por etapas em que se sente perdido, angustiado, fora de foco. Retoma o rumo, depois, revigorado, estimulado por novos desafios, pelo contato com seus alunos, pela vontade de continuar vivendo, aprendendo, realizando-se e frustrando-se, mas mantendo o impulso de avançar.
Há momentos em que se sente perdido, desmotivado. Educar tem muito de rotina, de repetição, de decepção. É um campo cada vez mais tomado por investidores, por pessoas que buscam lucros fáceis. Ele se sente parte de uma máquina, de uma engrenagem que cresce desproporcionalmente. Sente-se insignificante, impotente, um número que pode ser substituído por muitos jovens ansiosos pelo seu lugar. Sabe que sua experiência é importante, mas também que outros estão dispostos a assumir o seu lugar por salários menores.
Ensinar tem momentos “glamourosos”, em que os alunos participam, se envolvem, trazem contribuições significativas. Mas muitos outros momentos são banais; parece que nada acontece. É um entra e sai de rostos que se revezam no mesmo ritmo semanal de aula, exercícios, mais aulas, provas, correções, notas, novas aulas, novas atividades.... A rotina corrói uma parte do sonho, a engrenagem despersonaliza; a multiplicação de instituições escolares torna previsíveis as atividades profissionais. Há um aumento de oferta profissional (mais vagas para ser professor), junto com uma diminuição das exigências para a profissão (mais fácil ter diploma, muitos estudantes em fase final são contratados, aumenta a concorrência). A tentação da mediocridade é real. Basta ir tocando para ficarem anos como docente, ganhar um salário seguro, razoável. Os anos vão passando e quando o professor percebe já está na fase madura e se tornou um professor acomodado.

R E F L E X Ã O
Você se considera um professor acomodado?  Você concorda com os momentos glamorosos e com os momentos banais na sua de aula? Na sua visão quais são os fatores causadores destes momentos tão distantes da realidade? 
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AS ETAPAS PESSOAIS COMO DOCENTE

 Apesar de que cada docente tem sua trajetória, há pontos da evolução profissional coincidentes. Relato a seguir uma síntese de questões que costumam acontecer – com muitas variáveis - na trajetória de muitos professores, a partir da minha experiência.
Primeira etapa: iniciação
No começo recém formado, começa a ser chamado para substituir um professor em férias, uma professora em licença maternidade, dá algumas aulas no lugar de professores ausentes. Ele ainda se confunde com o aluno, intimamente se sente aluno, mas percebe que é visto pelos alunos como uma mistura de professor e aluno. Ele luta para se impor, para impressionar, para ser reconhecido. Prepara as aulas, traz atividades novas, se preocupa em cativar os alunos, em ser aceito. Sente medo de ser ridicularizado em público com alguma pergunta impertinente ou muito difícil. Tem medo dos que o desafiam, dos alunos que não ligam para as suas aulas, dos que ficam conversando o tempo todo. Procura ser inovador, e, ao mesmo tempo, percebe que reproduz algumas formas de ensinar que via como aluno, algumas até que criticava. É uma etapa de aprendizagem, de insegurança, de entusiasmo e de muito medo de fracassar. O tempo passa, os alunos vão embora, chegam outros em outro semestre e o processo recomeça. Agora já tem uma noção mais clara do que o espera; planeja com mais segurança o novo semestre, repete alguns macetes que deram certo no primeiro semestre, busca alguns textos diferentes, inova um pouco, faz uma síntese do que deu certo antes. Vê que algumas atividades funcionam sempre e outras não tanto. Descobre que cada turma tem comportamentos semelhantes, mas que reage de forma diferente às mesmas propostas e assim vai, por tentativa e erro, aprendendo a diversificar, a desenvolver um “feeling” de como está cada classe, de quando vale a pena insistir na aula teórica planejada e quando tem que introduzir uma nova dinâmica, contar uma história, passar um vídeo, encurtar o fim da aula, etc.
R E F L E X Ã O
O seu inicio de carreira teve um história diferente da relatada  no texto acima?
Você já superou esta fase ou ainda está vivenciando?
De que forma você planeja o seu semestre?


Segunda etapa: consolidação
De semestre em semestre o jovem professor vá consolidando o seu jeito de ensinar, de lidar com os alunos, as áreas de atuação. Consegue ter maior domínio de todo o processo. Isso lhe dá segurança, tranqüilidade. Os colegas e coordenadores vão indicando-o para novas turmas, novas disciplinas, novas instituições. Multiplica o número de aulas. Aumenta o número de alunos. É freqüente, no ensino superior particular, um professor ter entre mais de quinhentos alunos por semana. Compra um apartamento. Forma uma família. Vira um tocador de aulas. Cada vez precisa aumentar mais o número de aulas, para manter a renda.
Desenvolve algumas fórmulas para se poupar. Repete o mesmo texto em várias turmas e, às vezes, em várias disciplinas. Utiliza um mesmo vídeo para diversos temas. Dá trabalhos bem parecidos para turmas diferentes, em grupo, para facilitar a correção. Lê superficialmente os trabalhos e as provas. Faz comentários genéricos: Continue assim, “insuficiente”, “esforce-se mais”, “parabéns”, “interessante”. Prepara as aulas encima da hora, com poucas mudanças. Repete fórmulas, métodos, técnicas.
 Terceira etapa: Crise de identidade
 Sempre há alguma crise, mas esta é diferente: pega o professor de cheio. Aos poucos o dar aula se torna cansativo, repetitivo, insuportável. Parece que alguns coordenadores são mais “chatos”, “pegam mais no pé”. Algumas turmas também não querem nada com nada. As reuniões de professores são todas iguais, pura perda de tempo. Os salários são baixos. Outros colegas mostram que ganham mais em outras profissões. Renova-se a dúvida: vale a pena ficar como está ou dar uma guinada profissional?
Por enquanto vai tocando. Torce para que haja muitos feriados, para que os alunos não venham em determinados dias. Qualquer motivo justifica não dar aula. Cria muitas atividades durante a aula: leituras em grupo, pesquisa na biblioteca, vídeos longos e isso lhe permite descansar um pouco, ficar na sala dos professores, poupar a voz.
Muitas vezes essa crise profissional vem acompanhada de uma crise afetiva. O relacionamento a dois não é o mesmo, passa pela indiferença ou pela separação. Sente-se intimamente bastante só, apesar das aparências. E em algum momento a crise bate mais fundo: o que é que eu faço aqui? Qual é o sentido da minha vida? Tem tanta gente que sabe menos e está melhor! Como defender uma sociedade mais justa num país onde só os mesmos ficam mais e mais ricos?
Olha para trás e vê muitos recém formados doidos para entrar a qualquer jeito, ganhando menos do que ele. E esses moleques petulantes têm outra linguagem, dominam mais a Internet, estão cheios de gás. Embora faça cursos de atualização, sente-se em muitos pontos ultrapassado. Sempre foi preparado para dar respostas, para ser o centro do saber e agora descobre mais claramente que não tem certezas, que cada vez sabe menos, que há muitas variáveis para uma mesma questão e que novas pesquisas questionam verdades que pareciam definitivas. Essa sensação de estar fora do lugar, de inadequação vai aumentando e um dia explode. A crise se generaliza. Nada faz sentido. A depressão toma conta dele. Não tem mais vontade de levantar, chega atrasado. Justifica cada vez mais suas faltas.

R E F L E X Ã O
Você se considera um tocador de aulas? Por quê?
Conhece alguma fórmula para se poupar de tanto trabalho?
Antes a evasão escolar era título apenas para alunos, mas nos tempos modernos existem muitos professores evadindo das escolas e tentando novas profissões. Qual profissão você já foi tentado?Por que? 

 Quarta etapa: mudanças
Diante da crise, alguns professores desistem, entregam a toalha. Procuram algumas saídas, mesmo que precárias: festas, um caso, bebida, algumas viagens. Depois vão se acalmando, dizem: a vida é assim mesmo; “vou tocar a vida o melhor que puder e seguir enfrente”.
Alguns procuram uma nova atividade profissional mais empolgante e deixam as aulas como complemento, como “bico”.
Ele procura refletir sobre sua vida profissional e pessoal. Tenta encontrar caminhos, reaprender a aprender. Atualiza-se, observa mais, conversa, medita. Aos poucos busca uma nova síntese, um novo foco. Começa pelo externo, por estabelecer um relacionamento melhor com os alunos, procura escutá-los mais. Prepara melhor as aulas, utilizam novas dinâmicas, novas tecnologias. Lêem novos autores, novas filosofias. Reflete mais, medita. Descobre que precisa se gostar mais, aceitar-se melhor, ser mais humilde e confiante. E assim, pouco a pouco, redescobre o prazer de ler, de aprender, de ensinar, de viver. Está mais atento ao que acontece ao seu lado e dentro de si. Procura simplificar a vida, consumir menos, relaxar mais. Vê exemplos de pessoas que envelhecem motivados para aprender e isso lhe é um estímulo para o futuro, para seguir adiante, para renovar-se todos os dias. Torna-se mais humano, acolhedor, compreensivo, tolerante, aberto. Dialoga mais, ouve mais, presta mais atenção. Com o passar do tempo percebe que não é perfeito, mas que tem evoluído muito e que redescobriu o prazer de ensinar e de viver.
Esta é a atitude maravilhosa de quem gosta de aprender. O aprender dá sentido à vida, a todos os momentos da vida, mesmo quando ela está no fim.
Aprendi com Rogers a sentir prazer em aprender, e a perceber que podemos envelhecer vivenciando a alegria de aprender com mais profundidade, descobrindo novas perspectivas, idéias, pessoas. Sinto que muitas pessoas aprendem por necessidade, para sobreviver, para não ficar para trás, para ganhar dinheiro. Quando se aposentam, costumam aposentar-se também de aprender. E perdem uma das grandes motivações de viver. Tornam-se previsíveis, repetitivos.
Essa atitude de gostar de aprender não se improvisa. Vai se desenvolvendo ao longo da vida, a partir de experiências positivas na infância, em casa e na escola. Se a escola incentiva a curiosidade, a descoberta, o aluno desenvolve o gosto por ler, por ir além do exigido, pesquisa por si mesmo e vai atrás de novos conhecimentos.
R E F L E X Ã O
Como tem sido o seu relacionamento com os alunos? Houve mudanças neste sentido? Quais?
Você já redescobriu o prazer de ensinar? Como?
Está passando da hora de acontecer, pense melhor neste ponto.


O professor bem sucedido

Por que, nas mesmas escolas, nas mesmas condições, com a mesma formação e os mesmos salários, uns professores são bem aceitos, conseguem atrair os alunos e realizar um bom trabalho no ofício de ajudar os alunos a aprender?
Não há uma única forma ou modelo. Depende muito da personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas. Uma das questões que determina o sucesso profissional maior ou menor do professor é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o aluno de forma constante e competente. Alguns professores conseguem uma mobilização afetiva dos alunos pelo seu magnetismo, simpatia, capacidade de sinergia, de estabelecer um rapport, uma sintonia interpessoal grande. É uma qualidade que pode ser desenvolvida, mas alguns a possuem em grau superlativo, a exercem intuitivamente e facilita todas as atividades propostas.
Uma das formas de estabelecer vínculos é mostrar genuíno interesse pelos alunos. Os professores de sucesso não se preparam para o pior, mas para o melhor nos seus cursos. Preparam-se para desenvolver um bom relacionamento com os alunos e para isso os aceitam afetivamente antes de os conhecerem, se predispõem a gostar deles antes de começar um novo curso. Essa atitude positiva é captada consciente e inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito, confiança, expectativas otimistas. O contrário também acontece: professores que se preparam para a aula como uma batalha, que estão cheios, cansados de dar aula passam consciente e inconscientemente esse mal-estar que é correspondido com a desconfiança dos alunos, com o distanciamento, com barreiras nas expectativas.
É muito tênue o que fazemos em aula para facilitar a aceitação ou provocar a rejeição. É um conjunto de intenções, gestos, palavras, ações que são traduzidos pelos alunos como positivos ou negativos, que facilitam a interação, o desejo de participar de um processo grupal de aprendizagem, de uma aventura pedagógica (desejo de aprender) ou, pelo contrário, levantam barreiras, desconfianças, que desmobilizam.
O sucesso pedagógico depende também da capacidade de expressar competência intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber, que as relacionamos com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da prática e a vivência da reflexão teórica.
A coerência entre o que o professor fala e o que faz, como vive é um fator importante para o sucesso pedagógico. Se um professor une a competência intelectual, a emocional e a ética causa um profundo impacto nos alunos. Estes estão muito atentos à pessoa do professor, não somente ao que fala. A pessoa fala mais que as palavras. A junção da fala competente com a pessoa coerente é poderosa.
As técnicas de comunicação também são importantes para o sucesso do professor. Um professor que fala bem, que conta histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, o humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados com os alunos. Os alunos gostam de um professor que os surpreenda, que traga novidades, que varie suas técnicas e métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem.
Ensinar sempre será complicado pela distância profunda que existe entre adultos e jovens. Por outro lado, essa distância nos torna interessante, justamente porque somos diferentes. Podemos aproveitar a curiosidade que suscita encontrar uma pessoa com mais experiência, realizações e fracassos. Um dos caminhos de aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de vivências, estórias, situações que o aluno ainda não conhece em profundidade. Outro é o da comunicação afetiva, da aproximação pelo gostar, pela aceitação do outro como ele é  e encontrar o que nos une, o que nos identifica, o que temos em comum. Um professor que se mostra competente e humano, afetivo, compreensivo atrai os alunos. Não é a tecnologia que resolve esse distanciamento, mas pode ser um caminho para a aproximação mais rápida: valorizar a rapidez, a facilidade com que crianças e jovens se expressam tecnologicamente ajuda a motivar os alunos, a que queiram se envolver mais. Podemos aproximar nossa linguagem da deles, mas sempre será muito diferente. O que facilita são as entrelinhas da comunicação lingüística: a entonação, os gestos aproximadores, a gestão de processos de participação e acolhimento, dentro dos limites sociais e acadêmicos possíveis.
O educador não precisa ser “perfeito” para fazer um grande trabalho. Fará um grande trabalho na medida em que se apresenta da forma mais próxima ao que ele é naquele momento, que se “revela” sem máscaras, jogos. Quando se mostra como alguém que está atento a evoluir, a aprender, a ensinar e a aprender. O bom educador é um otimista, sem ser “ingênuo”. Consegue “despertar”, estimular, incentivar as melhores qualidades de cada pessoa.

R E F L E X Ã O
Quais são as características de um professor de sucesso?
Você se considera um professor de sucesso?

 

A rotina da profissão do educador

Como em outras profissões há uma distância entre os sonhos e a realidade. No começo, recém formados, os jovens professores compensam com o entusiasmo a falta de experiência e de formação nos métodos e técnicas de comunicação em sala de aula, de gestão do processo de ensino-aprendizagem.
Aos poucos vão assumindo novas turmas, trabalhando em duas ou três escolas para poder ter um salário decente e o ensinar vai tornando-se sua profissão, seu ofício um ano após o outro, uma profissão segura e previsível.
Com o tempo, domina os macetes, procura dosar as energias para chegar até o fim da jornada, escolhem turmas melhores, procura facilitar as tarefas de avaliação para não demorar tanto na correção de atividades.
A profissão do professor vira rotina, repetição, os semestres e os anos vão passando, tudo parece que se repete e costumam, muito deles, passar pelo período de saturação: tudo incomoda, ensinar parece tedioso, improdutivo; consultam o calendário olhando os feriados, as pontes sem aula, os domingos a noite cada vez mais deprimentes, calculam o tempo que lhes falta para aposentadoria.
Uma parte dos professores continua sua rotina a caminho da mediocridade. Fazem cursos de atualização para ganhar pontos, melhorar o salário, mas pouco muda na sua prática pedagógica. Outros, insatisfeitos, procuram formas de melhorar, de evoluir. Inscrevem-se em novos cursos, procuram melhorar suas aulas, se preocupam mais com os alunos, introduzem novas tecnologias nas classes, novas técnicas de comunicação.
Tem professores que se burocratizam na profissão. Outros se renovam com o tempo, se tornam pessoas mais humanas, ricas e abertas. As chances são as mesmas, os cursos feitos, os mesmos; os alunos, também são iguais.  A diferença é que uma parte muda de verdade, busca novos caminhos e a outra se acomoda na mediocridade, se esconde nos ritos repetidos. Muitos professores se arrastam pelas salas de aula, enquanto outros, nas mesmas circunstâncias, encontram forças para continuar, para melhorar, para realizar-se.
Não tem programas de formação, de atualização que dêem certo se os professores não se motivam para melhorar, se não estão dispostos a crescer, aprender, evoluir.
 O professor-aprendiz
 Quando pensamos em educação costumamos pensar no outro, no aluno, no aprendiz e esquecer como é importante olharmo-nos os que somos profissionais do ensino como sujeitos e objetos também de aprendizagem. Ao focarmo-nos como aprendizes, muda a forma de ensinar. Se me vejo como aprendiz, antes do que professor, me coloco numa atitude mais atenta, receptiva, e tenho mais facilidade em estar no lugar do aluno, de aproximar-me a como ele vê, a modificar meus pontos de vista.
A atitude primeira do educador profissional em perceber-se como aprendiz o torna atento ao que acontece ao seu redor, sensível às informações do ambiente, dos outros. Preciso colocar-me junto com o aluno como professor-ensinante e professor-aprendiz. Parece óbvio ou só um jogo de palavras, mas não o é e a mudança de atitude tem grandes conseqüências. Se me coloco, como professor, sempre e somente no lugar do aluno, trabalha com informações úteis para o aluno, adquiro uma grande capacidade de senti-lo, de adaptar a minha linguagem, de sintonizar com suas aspirações e isso é bom. Se eu, ao mesmo tempo, que penso no aluno, também me penso como aluno, além de adaptar-me ao outro, eu estou aprendendo junto, estou fazendo a ponte entre informação, conhecimento e sabedoria, entre teoria e prática, entre conhecimento adquirido e o novo. Com um olho vejo o aluno, como o outro me enxergo como aluno-professor.  O que estou propondo é ampliar o foco da relação para não colocar-me só na posição de professor e sim na de aluno/professor com mais intensidade.
Quais são as conseqüências? Se aprendo mais, de verdade, se incorporo a aprendizagem para o outro à aprendizagem também para mim, evoluirei mais rapidamente, entenderei melhor os mecanismos de aprender, as dificuldades, os conflitos pessoais e os dos meus alunos. Se eu aprendo mais e melhor, só me falta pensar como encontrar o caminho para comunicar-me com os alunos, como ser mediados entre onde me encontro e onde eles se encontram.

R E F L E X ÃO
Você tem trilhado o caminho da mediocridade enquanto professor? Por quê?
Você tem pensado mais como alunos ou como professor no planejamento das suas aulas? 

Roteiros previsíveis e semi-desconhecidos
Se me coloco como professor que aprende e não só que ensina, viverei duas situações interligadas, mas diferentes. Em muitas ocasiões, me coloco diante dos alunos como alguém que já conhece, que já percorreu o caminho anteriormente e que quer ajudar os alunos a fazer essa travessia. Ensinar o que já conhecemos é o que fazemos quando transmitimos nossas experiências, vivências, exemplos, situações, leituras. Como pessoa mais experiente, espera-se que ajude os alunos nesta travessia.
Mas há momentos e situações que escapam mais ao meu controle, nas quais me vejo também vivendo como aprendiz, que eu começo a enxergar de outra forma, sem ainda ter feito todo o percurso de antemão. Nesta situação, sou um professor que está aprendendo e, ao mesmo tempo, mostrando o processo de aprender enquanto acontece e não só o resultado, como um processo plenamente dominado. É uma outra forma e situação que hoje enfrentamos com freqüência e que é rica também para o aluno.
Com um exemplo ficará mais fácil visualizar o que estou dizendo. Se eu já conheço Madri e Barcelona, ao vivo e por leituras, posso ser guia dos meus alunos, ajudá-los a escolher os melhores pontos turísticos para visitar, darei informações mais precisas sobre o que estamos vendo. O meu conhecimento prévio me torna um informante e mediador confiável. Isso me dá segurança e confere segurança também aos alunos: temos um guia conhecedor e confiável.
Mas há outros momentos em que posso fazer um convite aos alunos e dizer-lhes: Vamos viver uma aventura? Vamos todos juntos para uma cidade desconhecida, fazer um caminho diferente, que eu ainda não percorri? Apesar da minha experiência como viajante-conhecedor, agora há elementos que me escapam, há conhecimentos que preciso atualizar rapidamente, haverá um maior número de surpresas, os alunos poderão trazer informações significativas que eu desconheço. Nesta última situação eu aprendo junto muito mais, embora possa cometer alguns erros de percurso, me perder em alguns momentos, ficar em dúvida sobre quais escolhas são as mais acertadas. E os alunos, sendo co-responsáveis pelo processo, também estarão mais motivados e darão contribuições mais significativas.
Se eu me coloco como um professor-aprendiz e não só como um especialista em viagens, proporei aos alunos novos caminhos, novos desafios, e não só roteiros previsíveis. Os roteiros previsíveis dão segurança, nos tranqüilizam, mas, na segunda ou terceira vez, já perdem a graça. Muitos professores se comportam como guias turísticos que fazem sempre os mesmos roteiros, repetem as mesmas falas, percorrem cada semestre os mesmos percursos. Na décima viagem, será muito difícil estar empolgado, a não ser fazendo um esforço, conscientizando-me de que é minha atividade profissional e represento o papel da descoberta, mas não a vivencio. Somente os alunos podem vivenciá-la, se para eles realmente é uma descoberta, se eles já não tinham estado antes em outra excursão ou por si mesmos. Se eu sou professor-aprendiz, mesmo que conheça os roteiros, estarei atento a novos detalhes, novas informações, novos caminhos. Criarei estratégias de motivação diferentes, farei entrevistas com pessoas que não conheço. Dentro da previsibilidade do roteiro, farei inúmeras variações (porque eu também estou aprendendo junto).
Se sou um professor-aprendiz inovador posso combinar roteiros previsíveis, trilhados com diferentes estratégias e caminhos, com roteiros semi-desconhecidos onde eu não sou tão especialista e em que proponho que o grupo esteja mais atento para aprendermos juntos, para utilizar todas as experiências prévias de todos, para trocar mais informações. Sem dúvida é mais arriscado, mas mais excitante.
Numa sociedade como a nossa, com tantas mudanças, rapidez de informações e desestruturação de certezas, não podemos ensinar só roteiros seguros, caminhos conhecidos, excursões programadas. Precisamos arriscar um pouco mais, navegar juntos, trocar mais informações, apoiados no guia um pouco mais experiente, mas que não tem todas as certezas, porque elas não existem como antes se pensava.
Muitos transformam a educação em uma agência de viagens, com roteiros pré-programados, previsíveis. É, sem dúvida, mais seguro, fácil para todos e confortável. Hoje é insuficiente esse modelo. Precisamos combiná-lo com roteiros semi-previsíveis, semi-estruturados, com pontos de apoio sólidos, mas com muitos momentos livres para permitir escolhas personalizadas e com outros de aventura, onde todos nos sintamos empolgados e efetivamente participantes de uma aprendizagem coletiva.
 O que é importante para ser professor hoje
R E F L E X Ã O

Algumas diretrizes são importantes para o professor que quer ser excelente profissional:
·       Crescer profissionalmente,  atento a mudanças e aberto à atualização.
·       Conhecer a realidade econômica, cultural, política e social do país, lendo atenta e criticamente jornais e revistas impressos e na Internet.
·       Participar de atividades e projetos importantes da escola
·       Escolher didáticas que promovam a aprendizagem de todos os alunos, evitando qualquer tipo de exclusão e respeitando as particularidades de cada aluno, como sua religião ou origem étnica.
·       Orientar a prática de acordo com as características e a realidade dos alunos, do bairro, da comunidade.
·       Participar como profissional das associações da categoria e lutar por melhores salários e condições de trabalho.
·       Utilizar diferentes estratégias de avaliação de aprendizagem — os resultados são a base para você elaborar novas propostas pedagógicas. Não há mais espaço para quem só sabe avaliar com provas. 


 Aprendendo a construir a identidade pedagógica pessoal
Cada um de nós vai construindo sua identidade com pontos de apoio que considera fundamentais e que definem as suas escolhas. Cada um tem uma forma peculiar de ver o mundo, de enfrentar situações inesperadas. Filtramos tudo a partir de nossas lentes, experiências, personalidade, formas de perceber, sentir e avaliar a nós mesmos e aos outros.
Uns precisam viver em um ambiente super-organizado e não conseguem produzir se houver desordem, enquanto outros não dão a mínima para a bagunça ou fazem dela um hábito. Uns precisam de muita antecedência para realizar uma tarefa,
enquanto outros só produzem sob a pressão do último momento.
Na construção da nossa identidade é importante como nos vemos, como nos sentimos, como nos situamos em relação aos outros. Muitos fomos educados para depender da aprovação dos demais, fazemos as coisas pensando mais em agradar os outros do que no que realmente desejamos.
Todos experimentamos inúmeras formas de comparação, ficamos em segundo plano, fomos deixados de lado, sofremos todo tipo de perdas e isso interfere na nossa auto-imagem.
Sempre nos colocam modelos inatingíveis de beleza, de riqueza, de sucesso, de realização afetiva. É intensa a pressão social para que nos sintamos infelizes, diminuídos em alguns pontos ou para que nos contentemos com pouco.
Muitos permanecem imobilizados pelo medo do julgamento alheio, pelo medo de falhar. Vivem para fora, para serem queridos, aceitos. E sem essa aceitação se sentem mal, se escondem fisicamente ou através de formas de comunicar-se pouco autênticas, desenvolvendo papéis para consumo externo. Internamente – mesmo quando aparentemente o negamos – temos consciência de que somos frágeis, contraditórios, inconstantes e, em alguns campos, inferiores a outros. 
A grande questão é que, intimamente,  muitos não se gostam de verdade, não se aceitam plenamente como são, duvidam do seu valor, tentam justificar seus problemas, procuram  formas de compensação, de aprovação. Boa parte dos nossos descaminhos, das nossas dificuldades, perdas e problemas advêm do medo de sermos felizes, de acreditar no nosso potencial.
Ficamos marcando passo por sentir-nos inseguros, por incorporar tantas injunções negativas, acomodadoras, medíocres. Essa construção da nossa identidade que fomos realizando tão penosamente não a podemos modificar magicamente. Podemos, contudo, aprender a ir modificando alguns processos de percepção, emoção e ação.
É importante reconhecer nossas qualidades, valorizá-las, destacá-las e buscar formas de colocá-las em prática, escolhendo situações em que elas sejam mais testadas e necessárias. Estar atentos ao que acontece e ir antecipando-nos, prevendo, testando, avaliando.
Somos chamados a realizar grandes vôos. Podemos ir muito além de onde estamos e de onde imaginamos e de onde os outros nos percebem. Podemos modificar nossa percepção, aprendendo a aceitar-nos e a gostar plenamente de nós, a aceitar-nos plenamente, intimamente como somos, sem comparações nem desvalorizações, quando ninguém nos vê, quando não temos que representar para alguém e ir adiante, no nosso ritmo, acreditando no nosso potencial.
Para mudar o mundo podemos começar mudando a nossa visão dele, de nós. Ao mudar nossa visão das coisas, tudo continua no mesmo lugar, mas o sentido muda, o contexto se altera.
Em geral não é preciso ir morar em outro ambiente, em outra cidade, mas descobrir novas formas de olhar e de compreender as pessoas, os ambientes com as que convivemos.
Construímos a vida sobre fundamentos autênticos ou falsos. As construções em falso são como andaimes ou contrapesos para segurar uma parte do prédio que pode vir abaixo, cair. Procuramos esconder – até de nós mesmos - o lado negativo, o que anos incomoda, o que não gostamos. Quanto mais muros de contenção, duplas paredes, contrafortes criamos, quanto mais estruturas paralelas levantamos, menos evoluímos a longo prazo, menos nos realizamos.
As pessoas podem criar obras incríveis, maravilhosas em qualquer setor e, mesmo assim, girar em falso, estarem construindo superestruturas paralelas.
Se o que nos leva a realizar coisas é a necessidade de reconhecimento, de aceitação, de ser queridos, o foco está distorcido e poderemos estar agindo a vida toda em falso.
Se eu preciso necessariamente da aprovação de alguém para sentir-me bem, na mesma medida deixo de aceitar-me, de gostar-me, de integrar-me. Eu me volto na direção do outro, o coloco como eixo e começo a girar em falso. E quanto mais insisto nesse padrão e direção, mais me afasto do meu centro, mais energia preciso gastar, mais peso e superestrutura acumular. Posso ser reconhecido e não evoluir nem ser feliz.
Creio que a grande maioria das pessoas se agita muito, faz mil atividades, mas não foca o essencial. Chega quase lá, mas lhe falta a atitude de total sinceridade consigo, de permitir-se o desvendamento de tudo o que é e carrega consigo. Espera a sua realização dos outros, de ser reconhecido por eles.
Hoje dá-se muita ênfase às profissões onde há visibilidade, de divulgação, de marketing, que propiciam ser reconhecido como as de modelo, ator, esportista, televisão...). Muitos buscam a TV, ser entrevistados, aparecer em colunas de jornais. Em si isso é bom, mas a atitude pode atrapalhar. Precisam de reconhecimento social como condição fundamental para sentir-se bem. São felizes se e quando aparecem, quando são solicitados, quando estão em evidência.
É bom ser chamado, mas não posso depender disso, não posso ser infeliz se não me chamam nem focar a minha vida em função do reconhecimento público. Se vier, ótimo, o aceitarei com prazer, mas não estarei ansioso pelo sucesso, pela aprovação, por ser reconhecido. Continuo minha vida focando a aceitação, a mudança possível e a interação tranqüila com as pessoas e atividades que em cada etapa possuem significado e que me ajudam a crescer.
            A comunicação autêntica estabelece conexões significativas na relação com o outro. Desarma as resistências e provoca, geralmente, uma resposta positiva, ativa, e desarmada dele. Em contrapartida, a comunicação agressiva gera reações semelhantes no outro e pode complicar todo o processo subseqüente.
            A cada dia confirmo mais a importância de termos mais e mais pessoas na sociedade e especificamente na educação que sejam capazes de relacionar-se de forma aberta com os outros, que facilitem a comunicação com os colegas, alunos, administração e famílias. Pessoas maduras emocionalmente, que saibam gerenciar os conflitos pessoais e grupais; que tenham suficiente flexibilidade para compreender diferentes pontos de vista, e intuição para aproximar-se de forma adequada a diferentes pessoas e formas de viver.
            Necessitamos urgentemente dessas pessoas para mudar o enfoque fundamental das práticas educacionais, para vivenciar práticas mais ricas, abertas e significativas de comunicação pedagógica inovadora, profunda, criativa, progressista.
            Descubro, com satisfação, que mais e mais pessoas estão ou mudando ou querendo mudar. Isso é um excelente sinal de que é possível realizar um grande trabalho na educação brasileira. Vamos concentrar-nos nestes grupos que estão prontos para o novo, que procuram aprender, que estão dispostos a avançar, a experimentar formas mais profundas de comunicação pessoal e tecnológica.
            Temos um longo trabalho, no campo político, de implementar ações estruturais de apoio à mudança integrada, que contemple currículo, processos de comunicação e tecnologias. Podemos ir incentivando as pessoas, grupos e instituições que estão buscando soluções novas e sérias em educação. Na universidade podemos dar subsídios teóricos e pedagógicos para essa mudança.
É assim que nos tornamos melhores e transformamos as pessoas com que lidamos ou relacionamos durante um período das nossas vidas..


Referencias

DEMO, Pedro. Questões para Teleducação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. 365p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 7ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998. 159p.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T., BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000. 133p.

Moran, José Manuel, A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. , Texto, disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafios.htm, visitado em 28/11/2011


MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Artigo disponível online http://www.eca.usp.br/prof/moran Consultado em 06/02/2001

NÓVOA, Antonio. (Coord.). Os  Professores e a sua Formação – Temas Educacionais l. Lisboa: Editora Nova Enciclopédia. 1992.

PERRENOUD, Philippe.  Práticas Pedagógicas. Profissão Docente e Formação – Perspectivas  Sociológicas. Lisboa: Dom Quixote. 1993.








terça-feira, 29 de novembro de 2011

REVISÃO DO SÉTIMO ANO ATHENAS - GEO

REVISÃO DO SETIMO ANO COLEGIO ATHENAS 1) Quais são os biomas brasileiros? 2) Qual é o bioma da nossa Região? 3) Qual a relação entre desmatamento, efeito estufa e buraco na camada de Ozônio? 4) Quais atividades têm maior e menor participação na econômica brasileira? 5) O que é a Indústria de Bens de capital? 6) O que é a Indústria de bens Intermediários? 7) O que é a Indústria de bens de consumo Duráveis? 8) O que é a indústria de bens de consumo não-duráveis? 9) Por que houve uma grande concentração industrial somente no Estado de São Paulo? 10) Qual foi a causa da desconcentração industrial da grande São Paulo? 11) Quais foram os Estados beneficiados pela desconcentração industrial de São Paulo? 12) Diferencie o Comercio Varejista do comercio atacadista. 13) Diferencie Comercio Interno Brasileiro de comércio Externo Brasileiro. 14) O que são Multinacionais? Dê exemplos. 15) Qual é a matriz de transporte brasileira? Quais têm os maiores e os menores custos de transportes? 16) Quais são as principais ferrovias que atendem a Região Norte do Brasil? RESPOSTAS 1) Biomas Brasileiros: Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Floresta Amazônica, Mata de Cocais, Caatinga, Campos Sulinos e o Costeiro 2) O bioma da nossa região é o Cerrado 3) A destruição das florestas pode contribuir para o agravamento do Efeito Estufa, já que emite gases do efeito estufa e ao mesmo tempo que essas vegetações não irão mais processar o Gás Carbônico e liberar o oxigênio e pode aumentar os malefícios causados pela destruição da camada de Ozônio 4) Maior participação: Os Serviços / Menor participação: o comércio. 5) Indústria de bens de Capital é a indústria que produz Máquinas, equipamentos, instalações e tecnologias para outras indústrias. 6) Indústria de bens intermediário produz matéria-prima, fontes de energia e produtos semi-elaborados para outras indústrias. Exemplos: as indústrias siderúrgicas produzem ferro para as indústrias de autopeças que produzem peças para as indústrias automobilísticas. Neste caso a Siderúrgica e as autopeças são indústrias de Bens intermediários. 7) Indústria de bens de consumo Duráveis são aquelas que produzem: automóveis, eletrodomésticos, imóveis etc. 8) Indústria de bens de consumo não-duráveis produz produtos de consumo imediato. Exemplos: alimentos, cigarros, bebidas, roupas, remédios, calçados etc. 9) O Estado foi beneficiado com os capitais oriundos do café, da Infra-estrutura montada pelo governo e um mercado consumidor muito forte. 10) As Causas da saída das indústrias da grande São Paulo foram: Sindicatos muito organizados somente dentro da cidade de São Paulo, isenção fiscal oferecida por vários estados, associado a baixa remuneração da mão-de-obra local 11) O interior do Estado de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul. Minas Gerais e Rio de Janeiro. 12) Comércio Varejista: Pontos comerciais que vendem direto ao consumidor. Ex. Lojas, farmácias, mercearias, supermercados, açougues etc. O Comércio Atacadista são pontos comerciais que compram das indústria e revendem aos varejistas. Ex. Armazéns Martins. ARCON. MaKro atacadista etc. 13) Comércio Interno brasileiro é tudo que vendido e comprado dentro do Brasil. Comércio externo brasileiro é tudo que vendido e comprado fora do território brasileiro. 14) Multinacionais são grandes empresas que possuem filiais em vários países do Mundo. Exemplo: O Carrefour (Frances), Nestlé(Sueca), Ford, Coca-cola, Nike (Norte americana) 15) A Matriz de transporte Brasileira é: Rodoviário 61% ( o mais caro do mundo), o Ferroviário 21%, Aquaviário 14% ( o mais barato de todos), e o dutoviário 4% . 16) São a Ferronorte e a Estrada de Ferro Carajás.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

REVISÃO PARA O NONO ANO ATHENAS

Revisão de Prova -9º ano 1) Por que a densidade demográfica é tão baixa nas regiões polares? 2) Quais povos vivem no Pólo Norte? 3) Em que se baseia a economia do Polo Norte? 4) O que foi o Tratado da Antártida? 5) O que é o PROANTAR Brasileiro? 6) Quais são as causas do Efeito Estufa e do Aquecimento Global? 7) O que foi o Protocolo de Kyoto? 8) Quais são as fontes energéticas mais utilizadas na Matriz energética Mundial? 9) Quais países são os maiores poluidores dos gases do Efeito Estufa? 10) Quais são as fontes de energia renováveis mais utilizadas no Brasil? 11) AS Usinas hidrelétricas são fontes totalmente limpas para o Efeito Estufa? 12) Quais são os aspectos negativos da energia Nuclear? 13) Quais são as consequencias do Buraco na camada de Ozônio para a vida na Terra? 14) Quais são os causadores do buraco na camada de Ozônio? 15) O causam as Chuvas Ácidas? 16) Quais os países que concentram mais de 60% da água potável disponível no Mundo? 17) Por que no Brasil, considerado abundante em água, nem toda a população desfruta dessa condição de abundância? Exemplifique. 18) Qual a relação entre a chamada crise ambiental e a crise social? RESPOSTAS 1) Devido as condições climáticas extremas, tanto no Pólo norte quanto na Antártica, considerada uma área Inóspita 2) São os inuites( Canadá e Groenlândia), lapões(Escandinávia) e Iacutos e Samoiedos ( Norte da Rússia). 3) No extrativismo animal (pesca e caça), vegetal (Coníferas) e Mineral ( chumbo, zinco, tungstênio e a criolita) 4) Um acordo entre diversos países para a não-exploração dos recursos naturais da Antártida até o ano de 2040, e só poderiam ser signatários os países que conseguissem construir bases científicas em território Antártico. 5) É o projeto brasileiro para pesquisa científica em território Antártico, executado por universidades, institutos de pesquisa e entidades públicas e privadas. 6) A queima de combustíveis fosseis ( petróleo, gás natural e carvão mineral), queimadas de florestas, expansão das áreas agrícolas, aumento de todos os tipos de rebanhos de animais e as atividades industriais. 7) O Protocolo de Kyoto foi um documento que teve como objetivo firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, criando formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento. 8) A matriz energética mundial é representada por 40% de petróleo, 22% gás natural, 20% Carvão Mineral, 11% energia Nuclear, 2% energia hidráulica e 5% outras fontes. 9) Pela ordem de expressão 1º Estados Unidos, 2º China, 3ºRússia, 4º Japão e 5º Índia. 10) Energia Hidráulica ( Usinas Hidréletricas) e Biomassas ( Álcool da Cana-de-açúcar), que no Brasil representa 45,8%, quando a Média no mundo é 12%. 11) Não, quando a água passa pela turbina ela traz a matéria orgânica em decomposição para a superfície que é rica em metano e contribui para aumentar o efeito estufa mas em grau mínimo. 12) A destina do lixo radioativo produzido diariamente, e complicações muito sérias em caso de catástrofes naturais como a que aconteceu no Japão recentemente. 13) O Efeito será danoso, já que os raios Ultravioletas que vem do sol e são filtrados pela camada de Ozônio são nocivos ao seres vivos e as plantas. 14) Os principais responsáveis pelo buraco na camada de Ozônio são: os clorofluorcabonos, Brometo de metila, gases halóns. 15) As Chuvas ácidas são causadas pela queima de combustíveis fosseis e pela poluição industrial que reagem na presença da luz solar e em contato com o vapor de água na atmosfera formam os ácidos nítrico e sulfúrico. 16) Brasil, Canadá, Rússia, China, Indonésia e Estados Unidos. 17) Por que no Brasil como em vários países ricos em água potável, as maiores concentrações hídricas se encontram distante das grandes concentrações populacionais como aqui no Brasil, as maiores bacias estão no Norte do País , área pouco habitada. 18) Uma é conseqüência da outra, a pobreza, a miséria, a degradação é conseqüências dos impactos ambientais provocados pela busca incessante do lucro.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO 8º ANO - ATHENAS

REVISÃO PARA AVALIAÇÃO
Professor Luiz TErencio
1) Quais são os países da Ásia Central:
2) Do ponto de vista econômico qual dos países da Ásia central apresenta maior potencial de crescimento? Por que?
3) Qual foi o maior desastre ambiental ocorrido na Ásia Central?
4) Quais são os principais rios que abastecem o Mar de Aral?
5) Fale sobre o controle de natalidade da Índia e da China? Quais tiveram melhor resultado?
6) Qual país adotou um regime político conciliando o processo de abertura econômica ( o estímulo à iniciativa privada, ao capital estrangeiro, à modernização do país) com a manutenção , no plano político, de uma ditadura socialista de partido único?
7) Quais são os conflitos territoriais da China e da Índia?
8) Qual é o produto agrícola típico do sudeste Asiático?
9) Em qual atividade de alta tecnologia a Índia está entre os melhores e o mais requisitados do Mundo?
10) O que foi a Política de “Portas Abertas” da China?
11) Quais são as principais ZEEs chinesas.
12) Quais são as riquezas minerais japonesas?
13) Quais são as quatro maiores ilhas japonesas
14) Por que o Território Japonês apresenta intensa atividade econômica?
15) Quais países formam os “Tigres Asiáticos”
16) Dentre os “Tigres Asiáticos” qual país possui a maior produção industrial?
17) Qual dos “Tigres Asiáticos” esteve sob o domínio da Inglaterra até 1999 e foi devolvido a China neste mesmo ano?
18) Qual é a língua mais falada no norte da África?
19) Qual é causa dos conflitos no Sudão?
20) Quais são os principais rios africanos? Qual é o mais importante para a África?
21) Qual é a causa da expansão dos Desertos africanos?
22) Quais são impactos da AIDs no continente africano?





1) Países da Ásia central: Turcomenistão, Quirquistão, Cazaquistão, Uzbequistão e Tadjiquistão
2) O Cazaquistão pelas grandes reservas de Petróleo
3) Por causa de projetos de irrigação nos principais rios que abastecem o Mar de Aral, ele reduziu o seu tamanho em quase 70%. Causando um forte impacto ambiental na região.
4) Amur Darya e Syr Darya
5) A China apresenta uma política anti-natalista muito mais radical e com resultado muito bom, é a política de filho único. A Índia adotou um política mais flexível e os resultados foram péssimos pois o crescimento populacional ainda continua alto, fato que poderá fazer com que a população indiana ultrapasse a população chinesa em menos de trinta anos.
6) A China, adotou o socialismo de mercado, uma economia capitalista e um regime político socialista
7) China conflito com o Tibete e com a Mongólia. A Índia mantém conflitos com o Paquistão por causa da Cachemira e com o Punjab, região que luta pela autonomia política
8) É Arroz
9) A produção de softwares
10) O país deu liberdade para o funcionamento de empresas privadas e proporcionou grande autonomia às províncias litorâneas chinesas, criando as Zonas Econômicas Especiais ZEEs.
11) Principais ZEEs são: Pequim , Xangai e Guangzhou
12) O Japão é um país desprovido de riquezas minerais, tendo de importar quase todos os minerais e as fontes energéticas.
13) Honshu, Kiushu, Hokkaido e Shikoku
14) Córeia do Sul, Hong Kong , Taiwan e Cingapura
15) Por causa do encontro de três placas tectônicas: Placa do pacifico, a Placa das Filipinas e a Placa Eurasiatica.
16) A Coreia do Sul, pois ela possui multinacionais espalhadas por diversos países, inclusive o Brasil.
17) Hong Kong.
18) Língua Árabe
19) Questão religiosa pois o grupo dominante é o Islâmico, além da disputa pela terra e pela entre os grupos étnicos que formam o país.
20) Os principais rios são: Rio Nilo, Rio Níger, Rio Congo e rio Zimbáube. O mais importante é o Rio Nilo que atravessa o Deserto de Saara.
21) O Uso intensivo do solo com prática de manejo inadequado, como a agricultura de subsistência e a pecuária intensiva
22) A AIDs tem causado um grande extrago na África, diariamente mais de 10 mil africanos morrem de doenças relacionadas com a AIDs e mais de 9 mil contraem a doença diariamente e os governos não tem um programa de erradicação ou de informação sobre a doença no continente.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A CAUSA DA GREVE NA EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

A CAUSA DA GREVE NA EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS


Hoje a Escola que leciono resolveu aderir ao movimento grevista, pois o Governo de Minas, com os melhores indicadores da educação no Brasil, paga o pior salário para os professores da rede de ensino. Aqui o salário base de um professor que leciona do 5º ano ao 9º ano é de R$ 580,00 reais, mais os adicionais de pó de giz e etc., sendo que o piso salarial estipulado pelo governo federal foi de R$ 1.534,00 mais os subsídios e vantagens da categoria.
Eu acredito que a única forma de lutar contra esta política de desmoralização do professor é com o movimento grevista. O governo mineiro vem desde o governo do PSDB Aécio Neves, acabando com a categoria e tirando todas as vantagens e diminuindo o salário, chegando agora á um mísero salário mínimo. Houve uma oferta de pagar um subsídio para os professores, mas subsídio não é salário.
Estamos em greve juntamente com outras escolas e com sindicato dos trabalhadores na Educação de Minas Gerais, buscando negociar com o governo um melhora nas condições de trabalho e de salário. Chega de bons resultados com a miséria de salário. A policia civil está em greve a mais de quatro meses exigindo um piso de R$ 4.000,00 de salário. É preciso que aja união entre os professores para que possamos também brigar por um piso destes. Minas Gerais é o segundo estado mais rico do Brasil e paga o pior salário para os professores, e olha que o nosso governador é um professor do Estado. Estados como o Tocantins, paga o dobro de salário de Minas. O Paraná o salário de uma professora de primeiro a quarto ano é de R$ 3.780,00, aqui em Minas Gerais, a professora de primeira a quarta recebe apenas R$ 380,00 mais pó de giz e uma parcela remuneratório, chegando a R$ 680,00 de salário.
O governo criou uma série de avaliações tanto formativas para os alunos e os resultados destas avaliações são atreladas aos salários, os seja, se os alunos da minha escola atingirem notas médias de 78% das avaliações, ele me paga um salário extra (esmola) de 78% do meu salário mensal. Mas isto criou um ambiente ambíguo nas escolas, pois todos os professores estão trabalhando para que os alunos atinjam o máximo de pontuação média nestas avaliações e aí meu amigo..., o aluno é obrigado a acertar todas as questões da prova para que os professores possam receber o maior percentual de salário, pra isso dá-se o jeitinho brasileiro. Você sabe onde vai parar a qualidade da educação né.
Os projetos de adotados pelo governo, como por exemplo, o PAV, que busca o aluno atrasado na série para completar os quatro anos em apenas dois anos, colocou nas escolas uma série de marginais, alunos sem respeito pelos pais e pelos professores, alunos que estão em processos criminais acusados dos mais diversos crimes, desde tráfico de drogas , assalto a mão armada e assassinato. Somos obrigados a conviver com esses indivíduos e educá-los já que a família já os entregou a justiça e as escolas para que dêm jeito neles. Como, o alunos destes projetos, já estão inseridos no tráfico, vão para as escolas a fim de vender drogas ou buscar novos usuários e os professores se tornam os seus obstáculos ao negócio deles. A violência, a depredação das escolas aumentou muito depois que estes projetos foram implementados. O pior é que estão ali apenas para receberem o diploma do ensino fundamental para contabilizar índices para o governo. Eu tinha um aluno no PAV do 8º e 9º ano. Ele não escrevia nada, ficava o tempo todo atrapalhando os alunos que realmente queriam aprender. Um dia sentei na carteira dele. Perguntei se ele sabia ler e escrever, ele simplesmente disse: “Olha professor eu leio alguma coisa”. Solicitei a ele que lesse a palavra “saiu”, pra mim. Ele ironicamente respondeu: Olha professor está aí é muito difícil, pega uma mais fácil. Percebi que o aluno era analfabeto cursando o 9º do ensino fundamental. Conversei com a minha supervisora sobre a dificuldade do aluno, ela simplesmente disse: “ Olha o governo quer apenas dar um diploma para esses alunos, então ensine-o a ler. Olha eu não tiver a formação pedagógica adequada para trabalhar alfabetização, mas mesmo assim recorri a minha colega de alfabetização que trabalha com os alunos do primeiro ano, solicitei a ela uma das cartilhas de alfabetização dos seus alunos e levei para o tal aluno. Apresentei a cartilha para ele e disse: Olha você vai levar para a sua casa, nesta apostila só tem exercícios para alfabetização, então siga o exemplo desta primeira atividade. CA + AS = Casa. Faça isto que a minha avaliação com você será sobre esta cartilha, ok? Bom na outra semana, cheguei na sala e lógico acreditando que ele havia feito pelo menos os exercícios da cartilha, cobrei dele as atividades para fazer a minha avaliação. Qual foi a resposta dele. “Olha professor, levei a cartilha, pedi a minha mãe para me ensinar, mas aí o gás de cozinha dela acabou e como ela precisava fazer um café, ela usou a sua cartilha para acender o fogão a lenha, por isso eu não trouxe ela pro senhor. Cara eu fiquei furioso, mas é assim mesmo, a família tá se lixando para o aprendizado dos filhos, então , então devolvi as aulas do PAV para a diretora, alegando que o salário que eu receberia pela aulas do PAV não daria para comprar os medicamentos que eu certamente iria precisar num futuro bem próximo. Atualmente existe uma grande quantidade de professores com atestados médicos de seis meses ou mais por problemas com este tipo de aluno.
Vamos continuar em greve por salários, por uma educação de qualidade e coerente com a nossa realidade e com alunos que realmente queira aprender e melhorar a sua condição de vida ou condição da sua comunidade, mas uma educação que mude o Brasil e não que mascare a nossa realidade, né seu Anastasia????