sábado, 21 de maio de 2011

OZAMA BIN LADEN : TERRORISTA OU MÁRTIR



      A cena  da imagem do Presidente dos Estados Unidos da América Barak Obama anunciando com todas as letras a morte do Líder do Grupo Terrorista Ozama Bin Lader chocaram o mundo, até porque quando ele anuncia, ele alega de forma enfática que o corpo do líder da AL Qaeda foi jogado ao mar como manda as tradições islâmicas, mas no fundo os norte-americanos não queria que o corpo dele fosse velado e até santificado pelos seus seguidores, caso eles enterrassem o corpo dele em qualquer país Árabe.  Bom, somente após o anuncio pela Al Qaeda de que realmente o seu líder estava morto é que a grande maioria se certificou de que não era mais uma garfe dos americanos, aí veio a apreensão com relação as retaliação da AL Qaeda.
     Os líderes da organização terrorista anunciaram  retaliações contra o ocidente para vingar a morte do seu líder, que de certa forma foi arbitrária e muito condenada até pelos próprios países europeus, pela forma de como a operação foi executada em um país ligado ao mundo Árabe. Os questionamentos são muitos. Será mesmo que a AL Qaeda vai cumprir as suas insinuações terroristas? Ou será que ela estará muito preocupada com as informações levadas pelos agentes norte-americanos que passam a conhecer toda a estrutura organizacional e os projetos do grupo para o ocidente e até mesmo as células espalhadas por todos os continentes. Os americanos acreditam que hoje a organização esteja mais preocupada com estas informações do que com os ataques anunciados.  Este Fato expõe dados importantes de estratégias e hierarquia de comando dentro da AL Qaeda e os norte-americanos poderão fazer o uso destas informações para novos ataques cirúrgicos como o do Paquistão que assassinou o líder da Organização.
       Para os radicais islâmicos a morte de Ozama representa um golfe fatal na organização que defende a cultura islâmica e seus valores da globalização massificada, com valores totalmente distorcidos daqueles pregados pelo islamismo. De certa forma, muitas culturas foram destroçadas por essa mundialização de valores ocidentais, que denominamos de globalização, mas que impõe novos valores e depreciam valores culturais arraigados e que devem ser respeitados e preservados para os seguidores destas culturas. Já imaginou como será o mundo daqui a cinqüenta anos se continuarmos com esta homogeneização de hábitos, de valores e gostos e de consumo, principalmente de produtos Mundializados instigado pelas propagandas das transnacionais? Preocupa-se muito a preservação de diversas culturas e valores que estão sendo destruídos por esse consumo de massa, por esta avalanche de informações que chega com ou sem autorização dentro de nossas casas.
     A morte de Ozama abre um novo precedente na Ordem Mundial atual, se os Estados Unidos conseguiu entrar com uma equipe de homens treinados para matar e assassinar um líder mundialmente procurado, acusado de crimes contra norte-americanos e não oferece qualquer direito de defesa a este individuo, fere as leis elementares dos Direitos Humanos impostas pelas Nações Unidas. Qual será então o papel do Tribunal Internacional de Haia? Mero espectador diante da foracidade dos americanos pela vingança!  Não seria mais plausível levá-lo a julgamento no Tribunal de Haia?
Vejo o papel destas instituições supranacionais sendo renegados quando se trata de resolver pendências das grandes potencias industrializadas do Norte. Não tiro o direito de acusação do povo norte-americano, mas assassinar o líder da organização que é acusada de cometer tais barbaridades, coloca os Estados Unidos na mesma condição de bárbaro e de criminoso por tal ato.
      Os fatos já aconteceram, mas as situações conflituosas futuras poderão ser ainda mais violentas e assustadoras, tanto para o ocidente quanto para a Organização Terrorista que perdeu o seu líder. Quem será o primeiro a mostrar o seu ódio? Os Americanos? Com as informações poderosas que conseguiram com os equipamentos apreendidos na Casa do Líder religioso ou o que sobrou da AL Qaeda?  Nos resta aguardar o desenrolar desta situação e pode ter certeza que vai sobrar pra muita gente.   

Repensando a prática docente: professor x educador

O mundo está mudando com muita velocidade, e nessa viagem, valores tão impregnados na nossa cultura parece não querer embarcar neste trem de alta velocidade, que se dirige ao futuro com uma bagagem ainda desconcertada,  e com um tempo de percurso muito pequeno para acomodar tudo na ordem correta ou pelo menos de forma organizada. Assim vejo a educação.  A formação dos professores ainda não conseguiu acompanhar os novos paradigmas da sociedade pós-moderna, e mesmo assim caminha a passos lentos tentando acompanhá-la.
       Acreditar que vivemos num tempo muito a frente daquilo que não fomos capacitados, gera desconforto e ambigüidade. O profissional da educação foi preparado para uma prática pedagógica muito teórica em tempos de poucas mudanças, em tempos de falta de liberdade, de falta expressão entre outros valores que apoiariam a sua profissionalização. Imaginar que muitas profissões estão desaparecendo é mero retrato da nossa modernização, onde o profissional é obrigado a se enquadrar em normas legais, tendências pedagógicas e em políticas governamentais criadas para atender “sugestões   de organismos multinacionais em função de financiamentos negociados a nível de Estado.  Aquele profissional que se dedicava a função com amor, com afeto, com a família, injetando ânimo em todos do convívio, hoje se perde pela correria do trabalho, muita das vezes enfadonhas, pois se vê obrigado a trabalhar mais horas para sobreviver com menos dificuldades.
       A apologia de Rubens Alves em “Jequitibás e Eucaliptos” retrata esta realidade da educação, Jequitibás nascem naturalmente no meio das vegetações não são como os eucaliptos que são formados com mudas especiais e capacitados para serem altamente produtivas atendendo uma necessidade do mercado capitalista. Professores são eucaliptos sim, são formados para atenderem uma necessidade das políticas governamentais ou das linhas didático-pedagógicas adotadas, sem liberdade de criação ou de expressão. Vivemos uma nova perspectiva onde o profissional deverá atender a uma multidiversidade de saberes, apresentarem um perfil extrovertido e uma criatividade muito avassaladora, como retrata o filme “A Escola da Vida”, onde um professor com este perfil consegue atrair a atenção não só dos alunos como também dos “professores” tradicionais que, de certa forma foram formados para serem eucaliptos e não Jequitibás.
       O Professor-educador é um demanda do mercado atual, onde as informações borbulham por todos os lados e há a necessidade de um mediador para filtrar essas informações e acomodá-las a seu tempo em cada lugar, de forma equilibrada, instigadora e geradora de novos questionamentos. Este profissional está em falta e mais do que nunca nos cursos de graduação que é a fonte geradora ou incubadora de novos professores-educadores, com novas visões e certamente novos paradigmas para esse tempo tão efêmero e tão conturbado dentro da Educação. As instituições de graduações certamente terão que buscar estas mudanças de imediato, caso contrário continuará a plantação de eucaliptos que certamente trará tempos difíceis na educação como um todo.