UNIDADE 3
A Transformação da ação do Professor de
Geografia
“Continuo buscando, re-procurando.
Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para
conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”. Paulo Freire
I -
Introdução
Começamos
esta unidade com o pensamento de Paulo Freire, que retrata muito bem a angustia
de muitos professores que não vêm, na maioria dos seus alunos esta indagação e
nem a vontade instigadora pelo saber, pelo novo, pelas experiencias ainda não
vivida.
José Manoel Moran, um dos grandes defensores de mudança na educação é
muito feliz nas suas colocações que diz que o importante, como educadores, é acreditarmos no potencial de
aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de integrar sempre novas
experiências e dimensões do cotidiano, ao mesmo tempo em que compreendemos
e aceitamos nossos limites, nosso jeito de ser, nossa história pessoal.
Ao
educar, tornamos visíveis nossos valores, atitudes, idéias, emoções. O
delicado equilíbrio e síntese que fazemos no dia a dia transparecem nas
diversas situações pedagógicas em que nos envolvemos. Os alunos e colegas
percebem como somos como reagimos diante das diferenças de opiniões,
dos conflitos de valores. O que expressamos em cada momento como pessoas é tão
importante quanto o conteúdo explícito das nossas aulas. A postura diante do
mundo e dos outros é importante como facilitadora ou complicadora dos
relacionamentos que se estabelecem com os que querem aprender conosco. Se
gostamos de aprender, facilitamos o desejo de que os outros aprendam. Se
mostramos uma visão confiante e equilibrada da vida, facilitamos,
nos outros a forma de lidar com seus problemas, mostramos que é possível
avançar no meio das dificuldades. Alguns educadores confundem visão crítica com
pessimismo estrutural; eles só transmitem aos alunos visões negativistas e
desanimadoras da realidade. Esse substrato pessimista interfere profundamente
na visão dos alunos.
Da mesma
forma, educadores com credibilidade e uma visão construtiva da vida contribuem
muito para que os alunos se sintam motivados a continuar, a querer aprender, a
aceitar-se melhor.
O
educador é um ser complexo e limitado, mas sua postura pode contribuir para
reforçar que vale a pena aprender, que a vida tem mais aspectos positivos que negativos,
que o ser humano está evoluindo, que pode realizar-se cada vez mais. Pode
ser luz no meio de visões derrotistas, negativistas, muito enraizadas em
sociedades dependentes como a nossa.
Vejo hoje
o educador como um orientador, um sinalizador de possibilidades onde ele também
está envolvido, onde ele se coloca como um dos exemplos das contradições e da
capacidade de superação que todos possuem.
O
educador é um testemunho vivo de que podemos evoluir sempre, ano após ano,
tornando-nos mais humanos, mostrando que vale a pena viver.
Numa
sociedade em mudança acelerada, além da competência intelectual, do saber específico,
é importante termos muitas pessoas que nos sinalizem com formas concretas de
compreensão do mundo, de aprendizagem experimentada de novos caminhos, de
testemunhos vivos –embora imperfeitos - das nossas imensas possibilidades de
crescimento em todos os campos.
Cada vez mais precisamos de educadores-luz, sinalizadores de caminhos, testemunhos vivos de formas concretas de realização humana, de integração progressiva, seres imperfeitos que vão evoluindo, humanizando-se, tornando-se mais simples e profundos ao mesmo tempo.
Você como educador tem acreditado no seu potencial de aprendizagem e na
capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do
cotidiano na sua vida prática?
A
aprendizagem pessoal
O educador
é especialista em conhecimento, em aprendizagem. Como especialista, espera-se
que ao longo dos anos aprenda a ser um profissional equilibrado, experiente,
evoluído; que construa sua identidade pacientemente, equilibrando o
intelectual, o emocional, o ético, o pedagógico.
O
educador pode ser testemunha viva da aprendizagem continuada. Testemunho
impresso na sua pele e personalidade de que evolui, aprende,se humaniza,
se torna uma pessoa mais aberta, acolhedora, compreensiva.
Testemunha
viva, também, das dificuldades de aprender, das dificuldades em mudar, das
contradições no cotidiano; de aprender a compreender-se e a compreender.
Com o
passar do tempo ele vai mostrando uma trajetória coerente, de avanços, de
sensatez e firmeza. Passa por etapas em que se sente perdido, angustiado, fora
de foco. Retoma o rumo, depois, revigorado, estimulado por novos desafios, pelo
contato com seus alunos, pela vontade de continuar vivendo, aprendendo,
realizando-se e frustrando-se, mas mantendo o impulso de avançar.
Há
momentos em que se sente perdido, desmotivado. Educar tem muito de rotina, de
repetição, de decepção. É um campo cada vez mais tomado por investidores, por
pessoas que buscam lucros fáceis. Ele se sente parte de uma máquina, de uma
engrenagem que cresce desproporcionalmente. Sente-se insignificante, impotente,
um número que pode ser substituído por muitos jovens ansiosos pelo seu lugar.
Sabe que sua experiência é importante, mas também que outros estão dispostos a
assumir o seu lugar por salários menores.
Ensinar
tem momentos “glamourosos”, em que os alunos participam, se envolvem, trazem
contribuições significativas. Mas muitos outros momentos são banais; parece que
nada acontece. É um entra e sai de rostos que se revezam no mesmo ritmo semanal
de aula, exercícios, mais aulas, provas, correções, notas, novas aulas, novas
atividades.... A rotina corrói uma parte do sonho, a engrenagem
despersonaliza; a multiplicação de instituições escolares torna previsíveis as
atividades profissionais. Há um aumento de oferta profissional (mais vagas para
ser professor), junto com uma diminuição das exigências para a profissão (mais
fácil ter diploma, muitos estudantes em fase final são contratados, aumenta a
concorrência). A tentação da mediocridade é real. Basta ir tocando para ficarem
anos como docente, ganhar um salário seguro, razoável. Os anos vão passando e
quando o professor percebe já está na fase madura e se tornou um professor
acomodado.
R E F L E X Ã O
Você se considera um professor acomodado?
Você concorda com os momentos glamorosos e com os momentos banais na sua
de aula? Na sua visão quais são os fatores causadores destes momentos tão
distantes da realidade?
AS ETAPAS PESSOAIS COMO DOCENTE
Apesar de que cada docente tem sua
trajetória, há pontos da evolução profissional coincidentes. Relato a seguir
uma síntese de questões que costumam acontecer – com muitas variáveis - na
trajetória de muitos professores, a partir da minha experiência.
Primeira
etapa: iniciação
No começo recém formado, começa a ser
chamado para substituir um professor em férias, uma professora em licença
maternidade, dá algumas aulas no lugar de professores ausentes. Ele ainda se
confunde com o aluno, intimamente se sente aluno, mas percebe que é visto pelos
alunos como uma mistura de professor e aluno. Ele luta para se impor, para impressionar,
para ser reconhecido. Prepara as aulas, traz atividades novas, se preocupa em
cativar os alunos, em ser aceito. Sente medo de ser ridicularizado em público
com alguma pergunta impertinente ou muito difícil. Tem medo dos que o desafiam, dos alunos que não ligam para as suas
aulas, dos que ficam conversando o tempo todo. Procura ser inovador, e, ao
mesmo tempo, percebe que reproduz algumas formas de ensinar que via como aluno, algumas até que criticava.
É uma etapa de aprendizagem, de insegurança, de entusiasmo e de muito medo de
fracassar. O tempo passa, os alunos vão embora, chegam outros em outro semestre
e o processo recomeça. Agora já tem uma noção mais clara do que o espera;
planeja com mais segurança o novo semestre, repete alguns macetes que deram
certo no primeiro semestre, busca alguns textos diferentes, inova um pouco, faz
uma síntese do que deu certo antes. Vê que algumas atividades funcionam sempre
e outras não tanto. Descobre que cada turma tem comportamentos semelhantes, mas
que reage de forma diferente às mesmas propostas e assim vai, por tentativa e
erro, aprendendo a diversificar, a desenvolver um “feeling” de como está cada
classe, de quando vale a pena insistir na aula teórica planejada e quando tem
que introduzir uma nova dinâmica, contar uma história, passar um vídeo,
encurtar o fim da aula, etc.
R E F L E X Ã O
O seu inicio de carreira teve um história diferente da
relatada no texto acima?
Você já superou esta fase ou ainda está vivenciando?
De que forma você planeja o seu semestre?
Segunda
etapa: consolidação
De semestre em semestre o jovem professor
vá consolidando o seu jeito de ensinar, de lidar com os alunos, as áreas de
atuação. Consegue ter maior domínio de todo o processo. Isso lhe dá segurança,
tranqüilidade. Os colegas e coordenadores vão indicando-o para novas turmas,
novas disciplinas, novas instituições. Multiplica o número de aulas. Aumenta o
número de alunos. É freqüente, no ensino superior particular, um professor ter
entre mais de quinhentos alunos por semana. Compra um apartamento. Forma uma
família. Vira um tocador de aulas. Cada vez precisa aumentar mais o número de
aulas, para manter a renda.
Desenvolve algumas fórmulas para se
poupar. Repete o mesmo texto em várias turmas e, às vezes, em várias disciplinas. Utiliza um mesmo vídeo para diversos temas. Dá
trabalhos bem parecidos para turmas diferentes, em grupo, para facilitar a
correção. Lê superficialmente os trabalhos e as provas. Faz comentários
genéricos: Continue assim, “insuficiente”, “esforce-se mais”, “parabéns”,
“interessante”. Prepara as aulas encima da hora, com poucas mudanças. Repete fórmulas, métodos, técnicas.
Terceira
etapa: Crise de identidade
Sempre há alguma crise, mas esta é
diferente: pega o professor de cheio. Aos poucos o dar aula se torna cansativo,
repetitivo, insuportável. Parece que alguns coordenadores são mais “chatos”,
“pegam mais no pé”. Algumas turmas também não querem nada com nada. As reuniões
de professores são
todas iguais, pura perda
de tempo. Os salários são baixos. Outros colegas mostram que ganham mais em
outras profissões. Renova-se a dúvida: vale a pena ficar como está ou dar uma
guinada profissional?
Por enquanto vai tocando. Torce para que
haja muitos feriados, para que os alunos não venham em determinados dias. Qualquer motivo justifica não dar aula. Cria
muitas atividades durante a aula: leituras em grupo, pesquisa na biblioteca,
vídeos longos e isso lhe permite descansar um pouco, ficar na sala dos
professores, poupar a voz.
Muitas vezes essa crise profissional vem
acompanhada de uma crise afetiva. O relacionamento a dois não é o mesmo, passa
pela indiferença ou pela separação. Sente-se intimamente bastante só, apesar
das aparências. E em algum momento a crise bate mais fundo: o que é que eu faço
aqui? Qual é o sentido da minha vida? Tem tanta gente que sabe menos e está
melhor! Como defender uma sociedade mais justa num país onde só os mesmos ficam
mais e mais ricos?
Olha para trás e vê muitos recém formados
doidos para entrar a qualquer jeito, ganhando menos do que ele. E esses
moleques petulantes têm outra linguagem, dominam mais a Internet, estão cheios
de gás. Embora faça cursos de atualização, sente-se em muitos pontos ultrapassado.
Sempre foi preparado para dar respostas, para ser o centro do saber e agora
descobre mais claramente que não tem certezas, que cada vez sabe menos, que há
muitas variáveis para uma mesma questão e que novas pesquisas questionam
verdades que pareciam definitivas. Essa sensação de estar fora do lugar, de
inadequação vai aumentando e um dia explode. A crise se generaliza. Nada faz
sentido. A depressão toma conta dele. Não tem mais vontade de levantar, chega
atrasado. Justifica cada vez mais suas faltas.
R E F L E X Ã O
Você se considera um tocador de aulas? Por quê?
Conhece alguma fórmula para se poupar de tanto
trabalho?
Antes a evasão escolar era título apenas para
alunos, mas nos tempos modernos existem muitos professores evadindo das escolas
e tentando novas profissões. Qual profissão você já foi tentado?Por que?
Diante da crise, alguns professores
desistem, entregam a toalha. Procuram algumas saídas, mesmo que precárias:
festas, um caso, bebida, algumas viagens. Depois vão se acalmando, dizem: a
vida é assim mesmo; “vou tocar a vida o melhor que puder e seguir enfrente”.
Alguns procuram uma nova atividade
profissional mais empolgante e deixam as aulas como complemento, como “bico”.
Ele procura refletir sobre sua vida
profissional e pessoal. Tenta encontrar caminhos, reaprender a aprender.
Atualiza-se, observa mais, conversa, medita. Aos poucos busca uma nova síntese,
um novo foco. Começa pelo externo, por estabelecer um relacionamento melhor com
os alunos, procura escutá-los mais. Prepara melhor as aulas, utilizam novas dinâmicas, novas tecnologias. Lêem novos autores, novas filosofias.
Reflete mais, medita. Descobre que precisa se gostar mais, aceitar-se melhor,
ser mais humilde e confiante. E assim, pouco a pouco, redescobre o prazer de
ler, de aprender, de ensinar, de viver. Está mais atento ao que acontece ao seu
lado e dentro de si. Procura simplificar a vida, consumir menos, relaxar mais.
Vê exemplos de pessoas que envelhecem motivados para aprender e isso lhe é um
estímulo para o futuro, para seguir adiante, para renovar-se todos os dias. Torna-se mais humano,
acolhedor, compreensivo, tolerante, aberto. Dialoga mais, ouve mais, presta
mais atenção. Com o passar do tempo percebe que não é perfeito, mas que tem
evoluído muito e que redescobriu o prazer de ensinar e de viver.
Esta é a atitude maravilhosa de quem gosta de aprender. O
aprender dá sentido à vida, a todos os momentos da vida, mesmo quando ela está
no fim.
Aprendi com Rogers a
sentir prazer em aprender, e a perceber que podemos envelhecer vivenciando a
alegria de aprender com mais profundidade, descobrindo novas perspectivas,
idéias, pessoas. Sinto que muitas pessoas aprendem por necessidade, para
sobreviver, para não ficar para trás, para ganhar dinheiro. Quando se
aposentam, costumam aposentar-se também de aprender. E perdem uma das grandes
motivações de viver. Tornam-se previsíveis, repetitivos.
Essa atitude de gostar de aprender não se improvisa. Vai se
desenvolvendo ao longo da vida, a partir de experiências positivas na infância,
em casa e na escola. Se a escola incentiva a curiosidade,
a descoberta, o aluno desenvolve o gosto por ler, por ir além do exigido,
pesquisa por si mesmo e vai atrás de novos conhecimentos.
R E F L E X Ã O
Como tem sido o seu relacionamento com os alunos?
Houve mudanças neste sentido? Quais?
Você já redescobriu o prazer de ensinar? Como?
Está passando da hora de acontecer, pense melhor
neste ponto.
O professor bem sucedido
Por que, nas mesmas escolas, nas mesmas
condições, com a mesma formação e os mesmos salários, uns professores são bem
aceitos, conseguem atrair os alunos e realizar um bom trabalho no ofício de
ajudar os alunos a aprender?
Não há uma única forma ou modelo. Depende
muito da personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar
pessoas. Uma das questões que determina o sucesso profissional maior ou menor
do professor é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o
aluno de forma constante e competente. Alguns professores conseguem uma
mobilização afetiva dos alunos pelo seu magnetismo, simpatia, capacidade de
sinergia, de estabelecer um “rapport”, uma sintonia interpessoal grande. É uma
qualidade que pode ser desenvolvida, mas alguns a possuem em grau superlativo,
a exercem intuitivamente e facilita todas as atividades propostas.
Uma das formas de estabelecer vínculos é
mostrar genuíno interesse pelos alunos. Os professores de sucesso não se
preparam para o pior, mas para o melhor nos seus cursos. Preparam-se para
desenvolver um bom relacionamento com os alunos e para isso os aceitam
afetivamente antes de os conhecerem, se predispõem a gostar deles antes de
começar um novo curso. Essa atitude positiva é captada consciente e
inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito,
confiança, expectativas otimistas. O contrário também acontece: professores que
se preparam para a aula como uma batalha, que estão cheios, cansados de dar
aula passam consciente e inconscientemente esse mal-estar que é correspondido
com a desconfiança dos alunos, com o distanciamento, com barreiras nas
expectativas.
É muito tênue o que fazemos em aula para
facilitar a aceitação ou provocar a rejeição. É um conjunto de intenções,
gestos, palavras, ações que são traduzidos pelos alunos como positivos ou
negativos, que facilitam a interação, o desejo de participar de um processo
grupal de aprendizagem, de uma aventura pedagógica (desejo de aprender) ou,
pelo contrário, levantam barreiras, desconfianças, que desmobilizam.
O sucesso pedagógico depende também da capacidade de
expressar competência intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber, que as relacionamos
com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da prática e a
vivência da reflexão teórica.
A coerência entre o que o professor fala
e o que faz, como vive é um fator importante para o
sucesso pedagógico. Se um professor une a competência intelectual, a emocional
e a ética causa um profundo impacto nos alunos. Estes estão muito atentos à
pessoa do professor, não somente ao que fala. A pessoa fala mais que as
palavras. A junção da fala competente com a pessoa coerente é poderosa.
As técnicas de comunicação também são
importantes para o sucesso do professor. Um professor que fala bem, que conta
histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da
classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, o
humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados
com os alunos. Os alunos gostam de um professor
que os surpreenda, que traga novidades, que varie suas técnicas e
métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem.
Ensinar sempre será complicado pela distância profunda que existe
entre adultos e jovens. Por outro lado, essa distância nos torna
interessante, justamente porque somos diferentes. Podemos aproveitar a
curiosidade que suscita encontrar uma pessoa com mais experiência, realizações
e fracassos. Um dos caminhos de aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de vivências,
estórias, situações que o aluno ainda não conhece em profundidade. Outro é o da
comunicação afetiva, da aproximação pelo gostar, pela aceitação do outro como
ele é e
encontrar o que nos une, o que nos identifica, o que temos em comum. Um
professor que se mostra competente e humano, afetivo, compreensivo atrai os
alunos. Não é a tecnologia que resolve esse distanciamento, mas pode ser um
caminho para a aproximação mais rápida: valorizar a rapidez, a facilidade com
que crianças e jovens se expressam tecnologicamente ajuda a motivar os alunos,
a que queiram se envolver mais. Podemos aproximar
nossa linguagem da deles, mas sempre será muito diferente. O que facilita são
as entrelinhas da comunicação lingüística: a entonação, os gestos
aproximadores, a gestão de processos de participação e acolhimento, dentro dos
limites sociais e acadêmicos possíveis.
O educador não precisa ser “perfeito” para fazer um grande
trabalho. Fará um grande trabalho na medida em que se apresenta da forma mais
próxima ao que ele é naquele momento, que se “revela” sem máscaras, jogos.
Quando se mostra como alguém que está atento a evoluir, a aprender, a ensinar e
a aprender. O
bom educador é um otimista, sem ser “ingênuo”. Consegue “despertar”,
estimular, incentivar as melhores qualidades de cada pessoa.
R E F L E X Ã O
Quais são as características de um professor de
sucesso?
Você se considera um professor de sucesso?
A rotina da profissão do educador
Como em outras profissões há uma
distância entre os sonhos e a realidade. No começo, recém formados, os jovens
professores compensam com o entusiasmo a falta de experiência e de formação nos
métodos e técnicas de comunicação em sala de aula, de gestão do processo de ensino-aprendizagem.
Aos poucos vão assumindo novas turmas,
trabalhando em duas ou três escolas para poder ter um salário decente e o
ensinar vai tornando-se sua profissão, seu ofício um ano após o outro, uma
profissão segura e previsível.
Com o tempo, domina os macetes, procura
dosar as energias para chegar até o fim da jornada, escolhem turmas melhores,
procura facilitar as tarefas de avaliação para não demorar tanto na correção de
atividades.
A profissão do professor vira rotina,
repetição, os semestres e os anos vão passando, tudo
parece que se repete e costumam, muito deles, passar pelo período de saturação:
tudo incomoda, ensinar parece tedioso, improdutivo; consultam o calendário
olhando os feriados, as pontes sem aula, os domingos a noite cada vez mais deprimentes,
calculam o tempo que lhes falta para aposentadoria.
Uma parte dos professores continua sua
rotina a caminho da mediocridade. Fazem cursos de atualização para ganhar
pontos, melhorar o salário, mas pouco muda na
sua prática pedagógica. Outros, insatisfeitos, procuram formas de melhorar, de
evoluir. Inscrevem-se em novos cursos, procuram melhorar suas aulas, se
preocupam mais com os alunos, introduzem novas tecnologias nas classes, novas
técnicas de comunicação.
Tem professores que se burocratizam na
profissão. Outros se renovam com o tempo, se tornam pessoas mais humanas, ricas
e abertas. As chances são as mesmas, os cursos feitos, os mesmos; os alunos,
também são iguais. A
diferença é que uma parte muda de verdade, busca novos caminhos e a outra se
acomoda na mediocridade, se esconde nos ritos repetidos. Muitos professores se
arrastam pelas salas de aula, enquanto outros, nas mesmas circunstâncias,
encontram forças para continuar, para melhorar, para realizar-se.
Não tem programas de formação, de
atualização que dêem certo se os professores não se motivam para melhorar, se
não estão dispostos a crescer, aprender, evoluir.
O professor-aprendiz
Quando pensamos em educação
costumamos pensar no outro, no aluno, no aprendiz e esquecer como é importante
olharmo-nos os que somos profissionais do ensino como sujeitos e objetos também
de aprendizagem. Ao focarmo-nos como aprendizes, muda a forma de ensinar. Se me
vejo como aprendiz, antes do que professor, me coloco numa
atitude mais atenta, receptiva, e tenho mais facilidade em estar no lugar do
aluno, de aproximar-me a como ele vê, a modificar meus pontos de vista.
A atitude primeira do educador
profissional em perceber-se como aprendiz o torna atento ao que acontece ao seu
redor, sensível às informações do ambiente, dos outros. Preciso colocar-me
junto com o aluno como professor-ensinante e professor-aprendiz. Parece óbvio
ou só um jogo de palavras, mas não o é e a mudança de atitude tem grandes
conseqüências. Se me coloco, como professor, sempre e somente no lugar do aluno, trabalha com informações úteis para o aluno,
adquiro uma grande capacidade de senti-lo, de adaptar a minha linguagem, de
sintonizar com suas aspirações e isso é bom. Se eu, ao mesmo tempo, que penso
no aluno, também me penso como aluno, além de adaptar-me ao outro, eu estou
aprendendo junto, estou fazendo a ponte entre informação, conhecimento e
sabedoria, entre teoria e prática, entre conhecimento adquirido e o novo. Com
um olho vejo o aluno, como o outro me enxergo como aluno-professor. O que estou propondo é ampliar o foco
da relação para não colocar-me só na posição de professor e sim na de
aluno/professor com mais intensidade.
Quais são as conseqüências? Se aprendo mais, de verdade, se incorporo a
aprendizagem para o outro à aprendizagem também para mim, evoluirei mais
rapidamente, entenderei melhor os mecanismos de aprender, as dificuldades, os
conflitos pessoais e os dos meus alunos. Se eu aprendo mais e melhor, só me
falta pensar como encontrar o caminho para comunicar-me com os alunos, como ser
mediados entre onde me encontro e onde eles se encontram.
R E F L E X ÃO
Você tem trilhado o caminho da mediocridade
enquanto professor? Por quê?
Você tem pensado mais como alunos ou como professor
no planejamento das suas aulas?
Roteiros
previsíveis e semi-desconhecidos
Se me coloco como professor que aprende e
não só que ensina, viverei duas situações interligadas, mas diferentes. Em
muitas ocasiões, me coloco diante dos alunos como alguém que já conhece, que já percorreu o caminho
anteriormente e que quer ajudar os alunos a fazer essa travessia. Ensinar o que
já conhecemos é o que fazemos quando transmitimos nossas experiências,
vivências, exemplos, situações, leituras. Como pessoa mais experiente,
espera-se que ajude os alunos nesta travessia.
Mas há momentos e situações que escapam
mais ao meu controle, nas quais me vejo também vivendo como aprendiz, que eu
começo a enxergar de outra forma, sem ainda ter feito todo o percurso de
antemão. Nesta situação, sou um professor que está aprendendo e, ao mesmo
tempo, mostrando o processo de aprender enquanto acontece e não só o resultado,
como um processo plenamente dominado. É uma outra forma e situação que hoje
enfrentamos com freqüência e que é rica também para o aluno.
Com um exemplo ficará mais fácil
visualizar o que estou dizendo. Se eu já conheço Madri e Barcelona, ao vivo e
por leituras, posso ser guia dos meus alunos, ajudá-los a escolher os melhores
pontos turísticos para visitar, darei informações mais precisas sobre o que estamos
vendo. O meu conhecimento prévio me torna um informante e mediador confiável.
Isso me dá segurança e confere segurança também aos alunos: temos um guia
conhecedor e confiável.
Mas há outros momentos em que posso fazer
um convite aos alunos e dizer-lhes: Vamos viver uma aventura? Vamos todos
juntos para uma cidade desconhecida, fazer um caminho diferente, que eu ainda
não percorri? Apesar da minha experiência como viajante-conhecedor, agora há
elementos que me escapam, há conhecimentos que preciso atualizar rapidamente,
haverá um maior número de surpresas, os alunos poderão trazer informações
significativas que eu desconheço. Nesta última situação eu aprendo junto muito
mais, embora possa cometer alguns erros de percurso, me perder em alguns
momentos, ficar em dúvida sobre quais escolhas são as mais acertadas. E os alunos, sendo
co-responsáveis pelo processo, também estarão mais motivados e darão
contribuições mais significativas.
Se eu me coloco como um
professor-aprendiz e não só como um especialista em viagens, proporei aos
alunos novos caminhos, novos desafios, e não só roteiros previsíveis.
Os roteiros previsíveis dão segurança, nos tranqüilizam, mas, na segunda ou
terceira vez, já perdem a graça. Muitos professores se comportam como guias
turísticos que fazem sempre os mesmos roteiros, repetem as mesmas falas,
percorrem cada semestre os mesmos percursos. Na décima viagem, será muito
difícil estar empolgado, a não ser fazendo um esforço, conscientizando-me de
que é minha atividade profissional e represento o papel da descoberta, mas não
a vivencio. Somente os alunos podem vivenciá-la, se para eles realmente é uma
descoberta, se eles já não tinham estado antes em outra excursão ou por si
mesmos. Se eu sou professor-aprendiz, mesmo que conheça os roteiros, estarei
atento a novos detalhes, novas informações, novos caminhos. Criarei estratégias
de motivação diferentes, farei entrevistas com pessoas que não conheço. Dentro
da previsibilidade do roteiro, farei inúmeras variações (porque eu também estou
aprendendo junto).
Se sou um professor-aprendiz inovador
posso combinar roteiros previsíveis, trilhados com diferentes estratégias e
caminhos, com roteiros semi-desconhecidos onde eu
não sou tão especialista e em que proponho que o grupo esteja mais atento para
aprendermos juntos, para utilizar todas as experiências prévias de todos, para
trocar mais informações. Sem dúvida é mais arriscado, mas mais excitante.
Numa sociedade como a nossa, com tantas
mudanças, rapidez de informações e desestruturação de certezas, não podemos ensinar só roteiros seguros, caminhos
conhecidos, excursões programadas. Precisamos arriscar um pouco mais, navegar
juntos, trocar mais informações, apoiados no guia um pouco mais experiente, mas
que não tem todas as certezas, porque elas não existem como antes se pensava.
Muitos transformam a educação em uma
agência de viagens, com roteiros pré-programados, previsíveis. É, sem dúvida,
mais seguro, fácil para todos e confortável. Hoje é insuficiente esse modelo.
Precisamos combiná-lo com roteiros semi-previsíveis, semi-estruturados, com pontos de apoio
sólidos, mas com muitos momentos livres para permitir escolhas personalizadas e
com outros de aventura, onde todos nos sintamos empolgados e efetivamente
participantes de uma aprendizagem coletiva.
O que é
importante para ser professor hoje
R E F L E X Ã O
Algumas diretrizes são importantes para o professor que quer ser
excelente profissional:
· Crescer profissionalmente, atento a mudanças e aberto à atualização.
· Conhecer a realidade econômica,
cultural, política e social do país, lendo atenta e criticamente jornais e
revistas impressos e na Internet.
· Participar de atividades e projetos
importantes da escola
· Escolher didáticas que promovam a
aprendizagem de todos os alunos, evitando qualquer tipo de exclusão e
respeitando as particularidades de cada aluno, como sua religião ou origem
étnica.
· Orientar a prática de acordo com as
características e a realidade dos alunos, do bairro, da comunidade.
· Participar como profissional das
associações da categoria e lutar por melhores salários e condições de trabalho.
· Utilizar diferentes estratégias de
avaliação de aprendizagem — os resultados são a base para
você elaborar novas propostas pedagógicas. Não há mais espaço para quem só sabe
avaliar com provas.
Cada um de nós vai construindo sua
identidade com pontos de apoio que considera fundamentais e que definem as suas escolhas. Cada um
tem uma forma peculiar de ver o mundo, de enfrentar situações inesperadas.
Filtramos tudo a partir de nossas lentes, experiências, personalidade, formas
de perceber, sentir e avaliar a nós mesmos e aos outros.
Uns precisam viver em um ambiente super-organizado e não conseguem produzir se houver
desordem, enquanto outros não dão a mínima para a bagunça ou fazem dela um
hábito. Uns precisam de muita antecedência para realizar uma tarefa,
enquanto outros só produzem sob a pressão
do último momento.
Na construção da nossa identidade é
importante como nos vemos, como
nos sentimos, como nos situamos em relação aos outros. Muitos fomos educados
para depender da aprovação dos demais, fazemos as coisas pensando mais em
agradar os outros do que no que realmente desejamos.
Todos experimentamos inúmeras formas de comparação, ficamos em
segundo plano, fomos deixados de lado, sofremos todo tipo de perdas e isso
interfere na nossa auto-imagem.
Sempre nos colocam modelos inatingíveis
de beleza, de riqueza, de sucesso, de realização afetiva. É intensa a pressão social para que nos
sintamos infelizes, diminuídos em alguns pontos ou para que nos contentemos com
pouco.
Muitos permanecem imobilizados pelo medo
do julgamento alheio, pelo medo de falhar. Vivem para fora, para serem
queridos, aceitos. E sem essa aceitação se sentem mal, se escondem fisicamente
ou através de formas de comunicar-se pouco
autênticas, desenvolvendo papéis para consumo externo. Internamente – mesmo
quando aparentemente o negamos – temos consciência de que somos frágeis,
contraditórios, inconstantes e, em alguns campos, inferiores a outros.
A grande questão é que, intimamente, muitos não se gostam de verdade, não se aceitam
plenamente como são, duvidam do seu valor, tentam justificar seus problemas,
procuram formas de
compensação, de aprovação. Boa parte dos nossos descaminhos,
das nossas dificuldades, perdas e problemas advêm do medo de sermos felizes, de
acreditar no nosso potencial.
Ficamos marcando passo por sentir-nos inseguros, por incorporar
tantas injunções negativas, acomodadoras, medíocres. Essa construção da nossa
identidade que fomos realizando tão penosamente não a podemos modificar
magicamente. Podemos, contudo, aprender a ir modificando alguns processos de
percepção, emoção e ação.
É importante
reconhecer nossas qualidades, valorizá-las, destacá-las e buscar formas de
colocá-las em prática, escolhendo situações em que elas sejam mais testadas e
necessárias. Estar atentos ao que acontece e ir antecipando-nos, prevendo,
testando, avaliando.
Somos chamados a
realizar grandes vôos. Podemos ir muito além de onde estamos e de onde
imaginamos e de onde os outros nos percebem. Podemos modificar nossa percepção,
aprendendo a aceitar-nos e a gostar plenamente de nós, a aceitar-nos plenamente,
intimamente como somos, sem comparações nem desvalorizações,
quando ninguém nos vê, quando não temos que representar para alguém
e ir adiante, no nosso ritmo, acreditando no nosso potencial.
Para mudar o mundo podemos começar mudando a nossa visão dele, de
nós. Ao mudar nossa visão das coisas, tudo continua no mesmo lugar, mas o
sentido muda, o contexto se altera.
Em geral não é preciso ir morar em outro ambiente, em outra
cidade, mas descobrir novas formas de olhar e de compreender as pessoas, os ambientes
com as que convivemos.
Construímos a vida sobre fundamentos autênticos ou falsos. As
construções em falso são como andaimes ou contrapesos para segurar uma parte do
prédio que pode vir abaixo, cair. Procuramos esconder – até de nós mesmos - o
lado negativo, o que anos incomoda, o
que não gostamos. Quanto mais muros de contenção, duplas paredes, contrafortes
criamos, quanto mais estruturas paralelas levantamos, menos evoluímos a longo
prazo, menos nos realizamos.
As pessoas podem criar obras incríveis, maravilhosas em qualquer
setor e, mesmo assim, girar em falso, estarem construindo superestruturas
paralelas.
Se o que nos leva a realizar coisas é a necessidade de
reconhecimento, de aceitação, de ser queridos, o foco está distorcido e
poderemos estar agindo a vida toda em falso.
Se eu preciso necessariamente da aprovação de alguém para
sentir-me bem, na mesma medida deixo de aceitar-me, de gostar-me, de
integrar-me. Eu me volto na direção do outro, o coloco como eixo e começo a
girar em falso. E quanto mais insisto nesse padrão e direção, mais me afasto do
meu centro, mais energia preciso gastar,
mais peso e superestrutura acumular. Posso ser reconhecido e não evoluir nem
ser feliz.
Creio que a grande maioria das pessoas se agita muito, faz mil
atividades, mas não foca o essencial. Chega quase lá, mas lhe falta a atitude de total
sinceridade consigo, de permitir-se o desvendamento de tudo o que é e
carrega consigo. Espera a sua realização dos outros, de ser reconhecido por
eles.
Hoje dá-se muita
ênfase às profissões onde há visibilidade, de divulgação, de marketing, que
propiciam ser reconhecido como as de modelo, ator, esportista, televisão...).
Muitos buscam a TV, ser entrevistados, aparecer em colunas de jornais. Em si
isso é bom, mas a atitude pode atrapalhar. Precisam de
reconhecimento social como condição fundamental para sentir-se bem. São felizes se e quando aparecem,
quando são solicitados, quando estão em evidência.
É bom ser chamado, mas não posso depender disso, não posso ser
infeliz se não me chamam nem focar a minha vida em função do reconhecimento
público. Se vier, ótimo, o aceitarei com prazer, mas não estarei ansioso pelo
sucesso, pela aprovação, por ser reconhecido. Continuo minha vida focando a
aceitação, a mudança possível e a interação tranqüila com as pessoas e
atividades que em cada etapa possuem significado e que me ajudam a crescer.
A comunicação autêntica estabelece
conexões significativas na relação com o outro. Desarma as resistências e
provoca, geralmente, uma resposta positiva, ativa, e desarmada dele. Em
contrapartida, a comunicação agressiva gera reações semelhantes no outro e pode
complicar todo o processo subseqüente.
A cada dia confirmo mais a importância
de termos mais e mais pessoas na sociedade e especificamente na educação que
sejam capazes de relacionar-se de forma aberta com os outros, que facilitem a
comunicação com os colegas, alunos, administração e famílias. Pessoas maduras
emocionalmente, que saibam gerenciar os conflitos pessoais e grupais; que
tenham suficiente flexibilidade para compreender diferentes pontos de vista, e
intuição para aproximar-se de forma adequada a diferentes pessoas e formas de
viver.
Necessitamos urgentemente dessas
pessoas para mudar o enfoque fundamental das práticas educacionais, para
vivenciar práticas mais ricas, abertas e significativas de comunicação
pedagógica inovadora, profunda, criativa, progressista.
Descubro, com satisfação, que mais e
mais pessoas estão ou mudando ou querendo mudar. Isso é um excelente sinal de
que é possível realizar um grande trabalho na educação brasileira. Vamos
concentrar-nos nestes grupos que estão prontos para o novo, que procuram
aprender, que estão dispostos a avançar, a experimentar formas mais profundas de
comunicação pessoal e tecnológica.
Temos um longo
trabalho, no campo político, de implementar ações estruturais de apoio à
mudança integrada, que contemple currículo, processos de comunicação e
tecnologias. Podemos ir incentivando as pessoas, grupos e instituições que
estão buscando soluções novas e sérias em educação. Na universidade podemos dar
subsídios teóricos e pedagógicos para essa mudança.
É assim que nos tornamos melhores e
transformamos as pessoas com que lidamos ou relacionamos durante um período das
nossas vidas..
Referencias
DEMO, Pedro. Questões para Teleducação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. 365p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa.
7ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998. 159p.
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T.,
BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000. 133p.
Moran, José Manuel, A educação que desejamos:
novos desafios e como chegar lá. , Texto, disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafios.htm,
visitado em 28/11/2011
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Artigo disponível
online http://www.eca.usp.br/prof/moran
Consultado em 06/02/2001
NÓVOA, Antonio. (Coord.). Os
Professores e a sua Formação – Temas Educacionais l. Lisboa: Editora
Nova Enciclopédia. 1992.
PERRENOUD, Philippe. Práticas
Pedagógicas. Profissão Docente e Formação – Perspectivas Sociológicas. Lisboa: Dom Quixote. 1993.